A Frente Parlamentar Ambientalista discute estratégias para evitar alterações no Código Florestal (Lei 4.771/65). Os parlamentares se reuniram nesta quarta-feira (24/02) com entidades de defesa do meio ambiente para discutir o assunto. Eles são contrários às propostas que estão sendo discutidas por uma comissão especial na Câmara e temem que o parecer do relator, deputado Aldo Rebelo (PcdoB-SP), represente um retrocesso na legislação do setor.
Os deputados da frente criticaram o seminário realizado ontem sobre o tema, por ter ouvido apenas entidades e parlamentares favoráveis a mudanças na lei.
Os parlamentares alegam que entidades como WWF, Greenpeace, SOS Mata Atlântica, Preserva Amazônia e Conservation International, entre outras, também querem ser ouvidas.
Visão unilateral
O deputado Ricardo Trípoli (PSDB-SP) disse que a discussão sobre o Código Florestal não pode ser submetida exclusivamente à opinião dos ruralistas. "Até onde eu sei, a proposta daqueles que participaram da reunião de ontem é contrária ao Código Florestal. Eu acho que há uma resistência muito grande. Estamos longe de uma negociação possível. Há uma distância enorme entre as propostas que estão sendo colocadas e o que se projeta para esse relatório", disse.
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) defende o atual Código Florestal e argumenta que a discussão deveria se concentrar no modelo agrícola do País e na função da propriedade fundiária. "Essa mudança do Código Florestal é um atentado contra toda a legislação ambiental brasileira. Não é um debate ideológico. Eles estão numa ofensiva muito grande para detonar todo o acúmulo da legislação ambiental brasileira e rigorosamente estão mexendo em toda a legislação", afirmou.
O deputado Sarney Filho, coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, acredita que o relatório de Aldo Rebelo vai flexibilizar as regras para a reserva legal e as áreas de proteção permanente, o que seria um retrocesso. (Edição: Paulo Cesar Santos)
Foto:
Legenda: Deputado Ivan Valente (PSOL-SP): "Um atentado contra toda a legislação ambiental brasileira" Crédito: Divulgação
Por Geórgia Moraes, para a Agência Câmara
(Envolverde/Agência Câmara)
joi, februarie 25, 2010
Código Florestal: Frente Parlamentar Ambientalista teme retrocesso
luni, februarie 15, 2010
Aterro fica pronto em 2011 e vai render créditos de carbono
O aterro sanitário – que deveria ter sido construído até fim de 2008, depois foi adiado para fim de 2009 – tem outra data prevista para ficar pronto: o final de 2011. A declaração é do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), feita durante evento público hoje pela manhã.
O prefeito disse, também, que estão avançadas as negociações para vender os créditos de carbono gerados a partir da destinação correta do lixo urbano no aterro sanitário. Os recursos obtidos na venda dos créditos de carbono serão revertidos para as comunidades que vivem próximas ao aterro, como os moradores do bairro Dom Antônio, um dos mais pobre de Campo Grande.
As declarações do prefeito foram feitas na solenidade da ordem de serviço para o reassentamento de 231 famílias que vivem na região do bairro Dom Antônio Barbosa. Com a ordem de serviço serão construídas 231 casas com recursos provenientes do Governo Federal através do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social - FNHIS que disponibilzou R$ 4,5 mi. As pessoas que habitarão as casas são catadores de lixo que sobrevivem através dos seus trabalhos no "lixão" de Campo Grande.. Segundo Nelsinho, resolver a situação dos catadores é muito importante para a ativação do aterro.
"Nós não poderíamos ativar o aterro sem antes resolver o problema dos catadores, não foi um trabalho fácil, conseguir os recursos não foi fácil, mas todo mundo estava unido. Na região, além do aterro, terá um Centro de Tratamento Hospitalares, Centro de Triagem de Resíduos, Área de Recuperação Ambiental). As pessoas que trabalharão lá também terão um equipamento individual apropriado de Trabalho. Resolveremos o problema e estamos em processo avançado na ONU (Organização das Nações Unidas) para vender os créditos de carbono do aterro. O dinheiro com a venda será revertida para a população da região do Dom Antônio Barbosa"
A construtora responsável pela execução do projeto é a Coplan– Construções, Planejamentos, Indústria e Comércio Ltda, que terá um prazo de 300 dias, a partir da assinatura da Ordem de Execução de Serviço, para a finalização das obras e serviços.
Na manhã de hoje, no mesmo local, o Governo Estadual, através do governador André Puccinelli, assinou um termo de cooperação para que mais 78 casas sejam construídas no local. Além disso, Puccinelli prometeu que mais 54 moradias serão construídas para que todos os 363 terrenos da região tenham casas construídas para os catadores.
Na ocasião, Trad também assinou o início do Plano de Recuperação de áreas degradadas, com o plantio de eucaliptos que custaram quase R$ 489 e autorizou o início da Obra da Usina de Triagem de Lixo com recursos do BNDES na ordem de R$ 5 milhões.
Link.: http://www.midiamax.com/view.
MS.: João Prestes e Paulo Xavier - 09/02/2010
miercuri, februarie 10, 2010
Óleo que ia para o lixo vira combustível mais barato
Pesquisadores da USP desenvolveram uma técnica para transformar em biodiesel óleos vegetais já danificados pelo processo de fritura e a borra de soja, um resíduo da indústria de óleo alimentício. A técnica reduz o tempo da reação química de 24 horas para 30 minutos e barateia o processo. O segredo foi usar um catalisador diferente na reação, feito com os metais Cobre e Vanádio.
Para produzir biodiesel é necessário que haja a reação do óleo vegetal puro com álcool. "Mas a reação só acontece se houver um catalisador no recipiente. Essa substância é o cupido que junta o óleo com álcool e transforma-o em biodiesel e glicerina”, compara Miguel Dabdoub, químico e professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) em cujo laboratório a técnica foi desenvolvida. “Depois da reação, é possível recuperar o catalisador”
Contudo, o catalisador utilizado comumente no Brasil é a soda cáustica, que não funciona muito bem para transformar óleos de fritura, óleos não-refinados em biodiesel. Esses tipos de óleo contém diferentes percentuais de ácidos graxos, que reagem com a soda e viram sabão. A outra porcentagem vira biodiesel. A borra de soja é o ácido graxo extraído de óleos vegetais e por isso também não pode ser trasformada em biodiesel. A reação comum demora um dia inteiro para acontecer.
“Sabão não se utiliza em ônibus e caminhões”, destaca Dabdoub."Imagine uma fábrica média, que produza cerca de 100 milhões de litros de biodiesel por ano, com óleo residual de cozinha com 7% de ácidos graxos. Há uma perda de cerca de 7 milhões de litros, que viram sabão. Como o governo paga cerca de R$ 2,30 por litro de biodiesel atualmente, essa empresa teria R$ 16 milhões jogados fora todo ano. Esse dinheiro é suficiente para pagar a mudança de tecnologia".
Os pesquisadores do Laboratório de Tecnologias Limpas (LADETEL), chefiados por Dabdoub, passaram dois anos tentando descobrir uma maneira de tornar esse processo mais barato, eficiente e rápido. Eles fizeram dezenas de reações no laboratório para descobrir os catalisadores, pressão, temperatura, proporções dos reagentes e concentração de álcool ideais para que a reação acontecesse.
A conclusão veio no início de 2008: a melhor maneira de produzir biodiesel a partir de óleo jogado fora é com um catalisador feito com os metais Vanádio e Cobre. “Ele não se dissolve no óleo e por isso pode ser recuperado facilmente no final da reação”, explica Márcia Rampim, uma das pesquisadoras envolvidas no projeto . A nova reação também é muito eficiente. “Com 1 litro de óleo de cozinha, produzimos 1 litro de biodiesel e 100 ml de glicerina”.
Limpo e barato
"No Brasil consome-se cerca de 19 litros per capita de óleo por ano, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (ABIOVE)", calcula Dabdoub.“Se considerarmos que 12 litros desse óleo não sejam absorvidos pelos alimentos, que é uma estimativa muito conservadora, são cerca de 7 litros de óleo por pessoa sendo jogados pela pia, indo pelo esgoto, impermeabilizando leitos de rios e contaminando lençóis freáticos e fontes de água, todo ano. Esse óleo e os resíduos da indústria de soja poderiam ser coletados e transformados em biodiesel. Muitas indústrias de alto porte poderiam ser movimentadas no Brasil somente com base no óleo residual. Diminuiríamos o uso de combustíveis derivados de petróleo e carvão mineral, que causam o efeito estufa”.
Também ficaria mais barato produzir biodiesel, por que as industrias economizariam na matéria-prima. “Em vez de pagar cerca de R$ 2.080 por tonelada de óleo vegetal refinado, que é o preço dado pelas comercializadoras, poderei pagar cerca de R$ 550,00 por tonelada de óleo residual, que é o custo da coleta", garante o professor. “E as indústrias ainda poderiam economizar com os custos de remoção da borra de soja. Em 2007, segundo a ABIOVE, a indústria produziu 300 milhões de litros de borra de soja
PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL COMPRA ÓLEO DE FRITURA
Petrobras Biocombustível realizou esta semana, em Quixadá (CE), a primeira compra de óleos e gorduras residuais (OGR) da Ó-limpo, Cooperativa Socio ambiental de Reciclagem de Quixadá. Foram adquiridos dois mil litros desta matéria-prima destinada à produção de biodiesel. A iniciativa reúne produção de energia, geração de renda e reaproveitamento do óleo de cozinha usado que durante anos vem sendo descartado no meio ambiente.
A coleta e a reciclagem do OGR são feitas pela cooperativa, constituída por jovens de 18 a 26 anos, de famílias de baixa renda, do município de Quixadá. Criada em 2008, a cooperativa é a primeira no Brasil a comercializar o OGR como matéria-prima para a produção de biodiesel com contrato de fornecedora oficial no Ceará à Petrobras Biocombustível.
O projeto está em fase inicial. O óleo de fritura vem de restaurantes, hotéis, padarias, lanchonetes, bares e residências de Fortaleza e de Quixadá. Para ampliar o volume de óleo reciclado foram firmadas parcerias com a ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), com o Restaurante da Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). Leia a matéria “Cooperativa vende óleo reciclado à Petrobras” do Diário do Nordeste Online
Inclusão social no campo e no meio urbano
Com orientação bem definida na obtenção de matéria-prima da agricultura familiar para a produção de biodiesel, a Petrobras Biocombustível também está comprometida com a geração de emprego e renda no meio urbano por meio do Programa de Coleta para OGR. A proposta é, assim como em Quixadá, gerar condições para replicar este tipo de programa em outras regiões do Brasil.
No que se refere aos aspectos sociais, sabe-se que mais de 80% da população brasileira vive nos centros urbanos e que há um número significativo de cooperativas organizadas para a coleta e comercialização de materiais recicláveis. A Petrobras Biocombustível tem o propósito de organizar uma rede de colaboradores e parceiros alinhados com a proposta de responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável.
vineri, februarie 05, 2010
Rios voadores com água da Amazônia em ação
A bacia amazônica capta entre 12 mil e 16 mil quilômetros cúbicos de água pro ano e apenas 40% desse volume escorrem pelos rios. O restante se esvai na atmosfera pela evapo-transpiração das florestas e se distribuem pela América do Sul. O desmatamento está reduzindo essa umidade que, viajando no vento, contribui para o equilíbrio hídrico de extensas áreas do continente, além de acentuar a erosão e a drenagem superficial que retira água dessa irrigação natural tanto da Amazônia como de terras agrícolas distantes.
Mário Osava, Terramérica" (leia o texto completo no link acima)
Eu fiz uma série de reflexões sobre as conseqüências do desmatamento da Amazônia para nossa vida no sudeste.
Aqui no estado de São Paulo está acontecendo enchentes.
Chuva recorde (agravada por um governador que não desassoreou rios e manteve reservatórios cheios antes da temporada de chuvas).
Sabe de onde vem toda esta água: da Amazônia.
"Fenômenos nos oceanos Pacífico e Atlântico empurram a umidade da floresta amazônica para as regiões Sul e Sudeste.
Em São Paulo, concreto joga mais calor na atmosfera; janeiro bateu recorde de chuvas na cidade e previsão é que continuem até março".
"A maior contribuição de chuva durante o verão é a umidade e o aquecimento decorrente da própria época em que estamos", afirma o pesquisador Carlos Augusto Morales, chefe da estação meteorológica do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo".
Existem ainda outros fatores climáticos inflando a potência das chuvas principalmente sobre São Paulo, diz o especialista. "Adicionalmente, temos a atuação do El Niño ... e de uma zona de convergência de umidade", afirma Morales.
Enquanto no primeiro caso o aquecimento rápido das águas do oceano altera o padrão de ventos sobre grande parte da América do Sul, no segundo existe uma conexão direta entre floresta amazônica e São Paulo.
"A umidade daquela região está sendo trazida para o Sudeste e o Sul do Brasil", diz Morales. A umidade que vem do Norte é resultado direto do aquecimento das águas do Atlântico. Fenômeno também observado pelos cientistas nesta época do ano.
A região metropolitana de São Paulo, não bastasse a umidade acima média que chega até ela, tem mais um agravante, diz Augusto Pereira Filho, também da USP.
Por causa da impermeabilização, afirma o especialista, as chuvas aqui têm ocorrido de forma mais rápida e concentrada. O calor que emana do concreto paulistano joga mais calor na atmosfera. Isso engorda as nuvens, que descarregam água de forma mais violenta".
(Folha de São Paulo)
A água da Amazônia sempre chove pelo Brasil.
O fenômeno que acompanhamos agora é o que sempre acontece, mas em maior escala.
Em menor escala é fonte de vida e de bem estar para todos nós.
Nossa vida é melhor com a amazônia preservada.
Lembre-se disso.
Leia também:
“Rios voadores” auxiliam pesquisas sobre a Amazônia
http://chicaodoispassos.
A água evaporada na amazônia chove em todo o Brasil
http://chicaodoispassos.
Reflorestamento avança no Tocantins com aumento de 420%
O plantio florestal para a recuperação de áreas degradadas é um segmento em ascensão. O Tocantins possui todas as condições favoráveis para o crescimento neste setor. Os dados levantados pela Seagro - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - mostram a estimativa dessa evolução. A estimativa de plantio para os próximos dois anos é aumentar em torno de 420%. Em 2010, deve alcançar um acréscimo de 100% em relação a 2009.
Os investimentos aplicados contribuíram para o aumento da silvicultura. Em 2008, foram plantados 36,6 mil hectares em reflorestamento, expandindo para 49,6 mil hectares plantados, em 2009. Com uma projeção animadora, a expectativa é ultrapassar 208 mil hectares em todo Estado, em 2011. As maiores regiões de plantio no Tocantins estão localizadas no Bico do Papagaio, São Miguel do Tocantins e Palmeirópolis, Sul do Estado. O eucalipto, a teca, o neem, a seringueira e o pinus são as principais espécies silvícolas cultivadas no Estado.
Segundo o diretor de Fruticultura e Silvicultura da Seagro, José Américo, esse avanço do reflorestamento é resultado de alguns fatores. “Além da preocupação dos efeitos climáticos e a demanda crescente em madeira, o Tocantins é potencialmente atrativo para esta cultura. A luminosidade, o clima, a disponibilidade de terras e a logística para a exportação favorecem o desenvolvimento de diferentes espécies silvícolas”, pontuou.
Para impulsionar a atividade, o Governo do Estado, por meio da Seagro estimula o reflorestamento com ações voltadas para o aumento do plantio. Para reforçar essa prática, alguns projetos estão em andamento. Um deles é o Jardim Clonal da Seringueira, implantado no Centro Agrotecnológico de Palmas, com cultivo de clones para produção de material genético. A intenção é repassar esse material para os pequenos produtores do Estado. O local ainda contempla um plantio experimental de diversos clones de eucalipto.
Programação 2010
O reflorestamento é proporcionado com distribuição de mudas nativas do cerrado. As atividades para 2010 são intensificadas com a distribuição de 120 mil mudas para pequenos produtores do Estado. No decorrer deste ano acontece também o 5º Reflorestamento do Estado e o II Seminário de Frutos Nativos do Cerrado.
Fonte: Elmiro de Deus
http://sendosustentavel.
"Reflorestamento avança no Tocantins com aumento de 420% /// ASCOM - SEAGRO Postado por LBF em 2/05/2010 12:56:00 AM Marcadores: bico do papagaio, reflorestamento, seagro, siderurgicas mineiras;eucaliptos O plantio florestal para a recuperação de áreas degradadas é um segmento em ascensão. O Tocantins possui todas as condições favoráveis para o crescimento neste setor. Os dados levantados pela Seagro - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - mostram a"
- SENDOSUSTENTAVEL: Reflorestamento avança no Tocantins com aumento de 420% /// ASCOM - SEAGRO (ver no Google Sidewiki)