"'Estamos mal. Mas não estamos em nenhuma situação irreversível. Ainda temos muitas coisas boas, muitos recursos para conseguirmos dar a volta.' O diagnóstico é feito por Pedro Macedo, coordenador do projecto que visa definir o Plano Estratégico de Ambiente do Grande Porto, uma iniciativa da Lipor (Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto). O trabalho - conhecido como Futuro Sustentável - arrancou em Abril de 2003, conta com a assessoria técnica da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica e já passou etapas importantes. Para já, a conclusão do diagnóstico parece ser a 'falta de articulação' entre os nove concelhos envolvidos. Logo, o objectivo geral do Plano de Acção, não é menos ambicioso que o projecto em si: conseguir a articulação nas acções e políticas de ambiente na região.
Promover a sustentabilidade e a qualidade de vida, conciliando uma abordagem técnica com o envolvimento activo dos cidadãos e instituições, no Grande Porto. Esta é a meta anunciada pelo grupo de trabalho, que envolve 120 entidades. 'Não se trata de anunciar uma longa lista de medidas que depois ninguém percebe e acabam por não ser cumpridas', avisa Pedro Macedo, acrescentando: 'Serão medidas concretas, propostas com porquê, como, onde e quando incluído e para avançar a curto prazo'.
A primeira etapa abarcou um incentivo à participação pública, envolvendo mais de quatro mil pessoas da região, metade das quais ouvidas para uma sondagem. Após alguns meses de trabalho, o Futuro Sustentável concluiu o diagnóstico regional que hoje será divulgado. Pegando no exemplo da área da gestão florestal, prevenção de incêndios e conservação da natureza, Macedo avança um dos traços reveladores da análise à região: 'Muitas das pessoas não têm noção, por exemplo, de que 60 por cento desta região ainda é de floresta e de agricultura.' Outro exemplo: as ciclovias. Surpreendentemente, quando foi perguntado se, na área da mobilidade e transportes, preferiam mais estradas e viadutos ou mais ciclovias, a resposta foi para a vontade de pedalar melhor. 'O plano de acção, que só iremos apresentar em Abril, vai ter propostas concretas sobre isto', sublinha.
'Falta o pensar regional'
Hoje também serão discutidos os 'Indicadores de desenvolvimento sustentável para o Grande Porto' - uma síntese que permite a comparação entre os diversos municípios. 'Não se pode, rigorosamente, fazer um ranking dos concelhos no campo do investimento no Ambiente', constata o coordenador do projecto. No entanto, algo parece óbvio: 'Falta o pensar regional. A articulação. Temos muitos projectos mas falta a articulação'. Como resolver? Por um lado, explica Pedro Macedo, poderá ter de ser criada uma 'entidade que coordene este esforço regional'. Talvez a Junta Metropolitana do Porto possa ter esse papel. Até Abril mais uma vez, o projecto reclama pela participação pública. O download dos documentos necessários para apresentar sugestões estará disponível no site com o endereço http://www.futurosustentavel.org/." (Andrea Cunha Freitas- Público, 01/03/2006)
Promover a sustentabilidade e a qualidade de vida, conciliando uma abordagem técnica com o envolvimento activo dos cidadãos e instituições, no Grande Porto. Esta é a meta anunciada pelo grupo de trabalho, que envolve 120 entidades. 'Não se trata de anunciar uma longa lista de medidas que depois ninguém percebe e acabam por não ser cumpridas', avisa Pedro Macedo, acrescentando: 'Serão medidas concretas, propostas com porquê, como, onde e quando incluído e para avançar a curto prazo'.
A primeira etapa abarcou um incentivo à participação pública, envolvendo mais de quatro mil pessoas da região, metade das quais ouvidas para uma sondagem. Após alguns meses de trabalho, o Futuro Sustentável concluiu o diagnóstico regional que hoje será divulgado. Pegando no exemplo da área da gestão florestal, prevenção de incêndios e conservação da natureza, Macedo avança um dos traços reveladores da análise à região: 'Muitas das pessoas não têm noção, por exemplo, de que 60 por cento desta região ainda é de floresta e de agricultura.' Outro exemplo: as ciclovias. Surpreendentemente, quando foi perguntado se, na área da mobilidade e transportes, preferiam mais estradas e viadutos ou mais ciclovias, a resposta foi para a vontade de pedalar melhor. 'O plano de acção, que só iremos apresentar em Abril, vai ter propostas concretas sobre isto', sublinha.
'Falta o pensar regional'
Hoje também serão discutidos os 'Indicadores de desenvolvimento sustentável para o Grande Porto' - uma síntese que permite a comparação entre os diversos municípios. 'Não se pode, rigorosamente, fazer um ranking dos concelhos no campo do investimento no Ambiente', constata o coordenador do projecto. No entanto, algo parece óbvio: 'Falta o pensar regional. A articulação. Temos muitos projectos mas falta a articulação'. Como resolver? Por um lado, explica Pedro Macedo, poderá ter de ser criada uma 'entidade que coordene este esforço regional'. Talvez a Junta Metropolitana do Porto possa ter esse papel. Até Abril mais uma vez, o projecto reclama pela participação pública. O download dos documentos necessários para apresentar sugestões estará disponível no site com o endereço http://www.futurosustentavel.org/." (Andrea Cunha Freitas- Público, 01/03/2006)
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