luni, septembrie 20, 2010
O Dinheiro que dá em Árvores, quanto vale a Natureza?
marți, septembrie 14, 2010
A solução para o impasse florestal é econômica
vineri, septembrie 10, 2010
Clima - ceticismo perde mais espaço
“Ficou muito mais difícil para os chamados "céticos das mudanças climáticas" continuarem a negar que elas se têm intensificado em consequência do aumento da temperatura na Terra, com forte contribuição das ações humanas para o processo. Um Comitê de Revisão dos Procedimentos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, órgão científico da Convenção do Clima), liderado pelo InterAcademy Council (o IAC, que reúne sociedades acadêmicas de vários países), concluiu que o processo dirigido pelo IPCC precisa aperfeiçoar seus procedimentos, como acentuou editorial deste jornal (5/9, A3). Mas que, no todo, "serviu bem à sociedade".
"O engajamento de muitos milhares dos mais destacados cientistas e outros pesquisadores no mundo no processo e na comunicação sobre a compreensão das mudanças climáticas, seus impactos e a possível estratégia de adaptação e mitigação é uma conquista considerável em si mesma", diz o parecer do IAC. "Da mesma forma, o compromisso dos governos para o processo e sua aceitação dos resultados são uma indicação clara do êxito. Através de uma parceria maior entre cientistas e governos, o IPCC ampliou a consciência do público sobre mudanças climáticas, elevou o nível do debate científico e influenciou a agenda científica de muitas nações."
O IAC critica alguns pontos da atuação do IPCC, principalmente a conclusão precipitada de que as geleiras do Himalaia se derreteriam até 2035. E entende que o painel precisa modernizar sua estrutura, trabalhar mais a complexidade de certos fenômenos, ter "mais transparência em seus procedimentos", instituir um comitê executivo, limitar a um mandato os poderes dos seus executivos. De modo geral, entretanto, reconhece o valor dos quatro relatórios do IPCC.
Os "céticos" enfrentam também, no mesmo momento, uma mudança radical de postura de Bjorn Lomborg, autor do livro O Ambientalista Cético, que tanto furor causou há poucos anos. Surpreendentemente, ele declara agora que vai começar a enfrentar o problema das mudanças climáticas - em lugar de negá-las. Junto com oito economistas, ele passa a liderar um movimento que sugere forte investimento em energias alternativas, principalmente solar, eólica e de marés. Embora achem que lobistas de empresas investidoras nessas energias "exageraram as mudanças climáticas", esses analistas sugerem agora um investimento de US$ 100 bilhões nesse campo. Coincidência ou não, nesses mesmos dias o jornal britânico Sunday Telegraph publicou um pedido de desculpas ao presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, a quem acusara de ter "conflitos de interesse", receber pagamentos de empresas interessadas na área de energias. Após auditoria da KGPM nas contas pessoais de Pachauri, o jornal afirmou que "não há nenhuma evidência de benefícios pessoais com as funções de consultor".
Na direção contrária à dos "céticos", o Instituto de Meio Ambiente da Suécia e o cientista Sivan Kartha publicaram trabalho de análise das intenções manifestadas na Convenção do Clima, em Copenhague, pelos países emissores. Segundo o parecer, se se concretizarem apenas as ações propostas ali pelos países emissores, até o fim do século a temperatura planetária se elevará em 3,5 graus Celsius, com "efeitos desastrosos para a produção agrícola, a disponibilidade de água e os ecossistemas em geral", além de elevação do nível do mar e possível desaparecimento de ilhas no Pacífico (O Globo, 31/8). Esse relatório foi reforçado por outro, da Administração Nacional dos Oceanos e Atmosfera, dos Estados Unidos, segundo o qual sete dos dez indicadores de aquecimento global "estão em ascensão".
Nada disso, entretanto, significa que se terá nestes próximos tempos mudança importante nos rumos dessa grave questão. As lógicas financeiras, que influenciam países e empresas, continuam a comandar o processo. De 4 a 9 de outubro, em Tianjin, na China, será realizada mais uma reunião preparatória da assembleia-geral da Convenção do Clima, prevista para novembro em Cancún, no México. Mas não se espera que aconteça em Tianjin nenhum milagre. Nem mesmo em Cancún. O próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, tem reiterado que não se prevê nenhum acordo importante para Cancún - no máximo, a definição de um "roteiro" para a discussão seguinte, na África do Sul, em 2011. Talvez se defina - na linha do relatório do IAC - que não seja renovado em outubro o mandato de Rajendra Pachauri, que pretendia ficar mais quatro anos no posto.
O governo brasileiro, que não contesta os relatórios do IPCC, anunciou na semana passada que já tem R$ 200 milhões para combater efeitos de mudanças climáticas, com projetos de pesquisas e ações específicas, que serão prioritárias no semiárido nordestino. Ali, como mostrou a recente Conferência sobre Desertificação, os problemas não cessam de avançar, com a contribuição do clima.
É importante, mas é pouco. Os eventos extremos entre nós têm-se intensificado - basta lembrar enchentes e desabamentos no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná, inundações em São Paulo, eventos terríveis no Nordeste, elevação inédita de temperaturas no Centro do País , com nível inacreditável de queimadas, notícias de avanço do nível do mar e destruição de ocupações no litoral.
As informações são a cada dia mais contundentes, o ceticismo perde espaço. É preciso avançar rapidamente com políticas públicas. Só que nos faltam instrumentos eficazes. Ainda no começo desta semana, como lembrou este jornal (5/6), "os remédios para mudanças de microclimas são muito complexos". E a situação de emergência, de extrema secura do ar na capital no mês de agosto, não pôde ser enfrentada com eficácia, porque "envolve toda a parte de ocupação do solo e também uma política de mobilidade. E São Paulo não tem um Plano B" (6/9). É grave.”
luni, august 23, 2010
No Brasil menos de 1/3 dos municípios fazem tratamento de esgoto
Em 2008, 79,9% dos municípios ampliaram ou melhoraram o sistema de esgotamentoDe 2000 para 2008 aumentou o percentual de municípios com serviço de coleta de esgoto sanitário que realizaram ampliações ou melhorias no sistema ou em parte(s) dele. Em 2008, 79,9% deles estavam ampliando ou melhorando o serviço, contra 58% em 2000. O avanço ocorreu em quase todas as regiões, com destaques para o Centro-Oeste, cuja taxa de melhorias ou ampliações passou de 50% dos municípios em 2000 para 78% em 2008; e para o Nordeste, de 47,6% para 73,1%. A exceção foi o Norte, cujo percentual de ampliações e melhorias se reduziu (de 53,1% para 48,3%). Os maiores percentuais foram encontrados no Sudeste (85,4%), Centro-Oeste (78%) e Sul (77,5%). Em 2008 a ampliação ou melhoria do sistema deu-se principalmente na rede coletora (88%) e nas ligações prediais (78,6%).
joi, aprilie 15, 2010
Brasil vai criar 10 milhões de hectares de unidades de conservação
Em reunião com os presidentes dos parlamentos da Noruega, Dag Tarje Andersen, e do Povo Sami, Egil Olli, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse nesta segunda-feira (12/4)que iniciativas como o Fundo Amazônia podem mostrar ao mundo que o Brasil é capaz de assumir seus compromissos e reduzir o desmatamento da Floresta Amazônica.
Ela falou à comitiva norueguesa que o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) faz parte da estratégia brasileira para criar novas unidades de conservação (UC), e adiantou que serão criados 10 milhões de hectares de Ucs na Amazônia nos próximos 10 anos, na segunda fase do Arpa. Nos últimos sete anos, o Brasil foi responsável pela criação de 70% de todas as unidades de conservação criadas no mundo. Para a ministra, o Fundo Amazônia é a base para a implementação do Programa.
A Noruega foi o primeiro país a fazer doação para o Fundo Amazônia. No primeiro ano, foram doados US$ 140 milhões. O governo norueguês anunciou, no entanto, que suas doações podem totalizar US$ 1 bilhão até 2015, condicionadas à redução do desmatamento nos anos anteriores. A ministra disse que o governo brasileiro trabalha na capacitação social para que todos os grupos da região amazônica interessados possam enviar seus projetos e requerer recursos do Fundo.
Ela destacou a redução de 51% do desmatamento da Amazônia de agosto de 2009 a fevereiro de 2010, comparado ao mesmo período anterior. "É uma queda sobre o menor índice da história", salientou Izabella, ao lembrar que entre agosto de 2008 e julho de 2009 o Brasil registrou a menor taxa de devastação dos últimos 21 anos (quando o monitoramento começou a ser feito), com 7 km² de floresta desmatada.
A ministra explicou ao presidente Andersen que a queda é resultado tanto das ações de repressão ao crime ambiental executadas pela Comissão Interministerial de Combate ao Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia) - que conta com o Ibama, Polícia Federal e Força Nacional - quanto das alternativas sustentáveis para os municípios e povos da floresta. Dentre elas, as políticas para a sociobiodiversidade, como a que garante preço mínimo para produtos como o açaí, babaçu, borracha, carnaúba, castanha, pequi e piaçava.
Para este ano, Izabella adiantou que dez novos itens serão incluídos nesta lista. A garantia de preço mínimo para esses produtos proporciona renda para as comunidades tradicionais e amplia a proteção da floresta, uma vez que as árvores em pé garantem o sustento das populações locais.
A ministra também citou a operação Arco Verde, que leva alternativas de desenvolvimento sustentável para os 43 municípios que mais desmataram a Amazônia em 2008.
Para ela, o Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia Legal vai permitir o desenvolvimento sustentável da região, tanto na área urbana quanto na rural.
Mudança climática
Izabella pediu ainda o apoio dos noruegueses à convenção do clima, que acontecerá em dezembro em Cancún. Segundo ela, o Brasil vai "trabalhar fortemente" pelo diálogo entre os países a fim de alcançar um bom resultado na conferência.
Especialistas defendem mudanças para melhorar o MDL
Mudanças climáticas
Mesmo sem um acordo internacional forte para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) não está morto, porém precisa de muitas modificações para alcançar de todo o seu potencial
Por Fernanda B. Muller, do CarbonoBrasil
“Quioto pode estar aqui para ficar”, disse Andrew Howard gerente da Unidade de Desenvolvimento Estratégico do secretariado de mudanças do clima da ONU (UNFCCC, em inglês). “O Protocolo não expira em 2012, apenas as metas dos países. Portanto, o MDL só acabará quando assim for determinado pela ONU”, explicou Howard.
As Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) geradas por projetos de MDL são aceitas e utilizadas em diversos esquemas, como, por exemplo, no mercado europeu que já tem metas bem determinadas até 2020. O futuro esquema norte-americano também deve utilizá-las.
Para Howard, o MDL pode ser um “fornecedor global de compensações (de emissão)”, mesmo se não houver um segundo período de compromissos sob o Protocolo de Quioto.
Mudanças
Entretanto, para que MDL continue sendo um mecanismo importante na redução de emissões precisa sofrer modificações significativas.
Felipe Bottin, da empresa brasileira Green Domus, explica que a oferta de RCEs no mercado é crescente, porém a taxas cada vez menores. Os volumes de redução de emissões também diminuíram, mas segundo ele isto se explica pelo fato de agora estarem sendo aceitos projetos menores.
O que falta para o mercado se desenvolver melhor, de acordo com Bottin, é confiança da parte do investidor, especialmente no período pós 2012, além de regras mais claras e simplificadas.
Ricardo Esparta, co-fundador do grupo Ecopart e membro do painel de acreditação do MDL, confessa que mesmo após quase dez anos da criação do conceito de adicionalidade ainda é difícil de entendê-lo.
“A adicionalidade é o que o comitê executivo (do MDL) quer que seja. Infelizmente hoje pendeu para a adicionalidade financeira”, disse. Clamando por maior comunicação entre os atores do MDL, Esparta falou que apenas sendo membro do painel é possível opinar e finalmente questionar como as coisas serão implantadas.
“É preciso torná-lo algo que seja aplicado no mundo real”, comentou em relação ao MDL.
No ponto de vista do comprador, o gerente geral da Green Initiative Carbon Assets (GICA) Guglielmo Cioni cita que o grande problema são os baixos volumes sendo que a previsão inicial do MDL era a geração de 1,7 bilhões de RCEs e atualmente as estimativas giram em torno de um bilhão.
“Algo está errado, o mercado deveria ser maior”, critica Cioni que cita o exemplo do mecanismo de Implementação Conjunta onde contratos bilaterais são fechados. Por exemplo, a Ucrânia pode gerar os projetos e após a validação e verificação as Emissions Reductions Units (ERUS) são expedidas sem ter que passar por um longo processo como no MDL. Ele defende que o Brasil já está também estruturado e questiona por que o país não pode seguir o mesmo caminho.
América Latina
Além dos problemas enfrentados pelo MDL, os países da América Latina encaram outro obstáculo. Eles foram pioneiros no contexto do mecanismo, porém não é segredo que nos últimos anos estes países tem ficado para trás em comparação com China e Índia, fornecedores de grandes volumes de RCEs.
Para reverter esta tendência existem algumas opções, que para Luz Abusaid, do BNP Paribas, envolve o MDL Programático. Esta abordagem pode reunir diversos pequenos projetos, que sozinhos não seriam viáveis economicamente, e criar projetos com volumes mais significativos de RCEs que poderiam concorrer com os gigantes asiáticos.
Além disso, Luz comentou que presenciou em Copenhague uma grande desunião dos latino-americanos e que estas divisões políticas debilitam muito estes países face ao mercado de carbono. “É necessária uma posição unificadas para que a região se fortaleça”, insiste.
Fonte: Carbono Brasil
marți, aprilie 13, 2010
Incentivo econômico para municípios que ecologizam o uso e ocupação do solo
A concessão de incentivos econômicos por leis como as do ICMS ecológico, adotadas em alguns estados brasileiros, mostrou bons resultados ao motivarem os municípios a priorizar temas como criação e manutenção de unidades de conservação, investimentos em saneamento, investimentos em proteção ao patrimônio cultural. Prejuízos causados por deslizamentos de encostas e inundações urbanas podem ser prevenidos caso se estendam tais incentivos a municípios que exerçam sua responsabilidade ambiental, com efetivo controle ambiental do uso do solo integrado com a gestão das águas. Incentivar economicamente as ações de proteção de áreas não edificáveis, de recomposição ambiental e contenção da ocupação de encostas e de áreas de risco, de macro e micro drenagem, sistemas de alerta catalisaria a articulação e coordenação de ações, para dar respostas social e ecologicamente adequadas a essa questão.
Os Estados e o governo federal podem auxiliar efetivamente os municípios a atuarem preventivamente, por meio de incentivos econômicos. Podem criar motivações para que seja priorizada a ecologização do uso e ocupação do solo, o que significa aplicar os conhecimentos das ciências ecológicas, e especialmente da ecologia urbana, às decisões sobre o uso e ocupação do solo.
Ao invés de se distribuir aos municípios verbas para atuarem em emergências, depois que os desastres já ocorreram, um sistema como o do ICMS ecológico premiaria os municípios que atuassem preventivamente. A ação preventiva é freqüentemente mais eficaz e mais econômica do que a ação corretiva, depois que ocorreram desastres.
Pela Constituição Brasileira os municípios são os entes responsáveis pelo uso e ocupação do solo, em suas áreas urbanas e rurais. Em sua maioria os municípios não exercem essa atribuição legal. Quando ocorre uma calamidade, buscam a defesa civil para socorrer as vítimas, recorrem à ajuda de outras esferas de governo e à solidariedade social. Um comportamento comum dos municípios é recorrer aos cofres federais ou estaduais quando sua população assentada em áreas frágeis é atingida por uma enchente ou deslizamento de encosta. Então, o governo federal e os estaduais atuam corretivamente ao dar socorro financeiro a municípios nesses momentos de desastres.
Criar e oferecer incentivos econômicos para os municípios que demonstrem agir de forma responsável com o uso e ocupação do solo pode ser uma forma eficaz de motivá-los.
Em contextos de escassez de recursos financeiros, a disposição a receber é mais alta do que a disposição a pagar. Com os incentivos financeiros, aqueles que protegem, recebem; já aqueles que permanecem dando um uso inadequado ao solo, perdem dinheiro para os que os usam de forma responsável. As municipalidades que não investirem em uso e ocupação do solo responsável não receberão o recurso.
A adoção desse sistema depende da existência de governos comprometidos em reduzir desigualdades entre áreas pobres e ricas; conscientes da necessidade de ecologizar das políticas públicas e do uso e ocupação do solo. É essencial a existência de um conselho de política ambiental ativo, que operacionalize o incentivo econômico.
O incentivo promove a competição entre municípios e valoriza o exemplo daqueles que alcançam resultados. Para usufruírem dos benefícios do ICMS, os municípios precisam fazer o dever de casa, agir tecnicamente, abandonar expectativas de conseguir recursos sem realizar previamente seu trabalho. Precisam dispor de pessoal técnico qualificado para elaborar projetos e para implementá-los. É importante a existência de pessoas motivadas nas instituições públicas, capazes de formular e implementar a engenharia técnica da lei e de seus regulamentos.
A ação de incentivo pode ser combinada com a penalização dos gestores nos diferentes níveis de governo que não demonstram responsabilidade ambiental, ao gerenciar de forma inadequada o uso e ocupação do solo.
Os prefeitos municip
joi, aprilie 08, 2010
Pesquisa identifica árvores mais adequadas para arborização de pastagens na Amazônia
Depois de três anos de trabalho, pesquisadores da Embrapa Acre e da Embrapa Rondônia, unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, identificaram espécies nativas da Amazônia com maior potencial para arborização de pastagens. A pesquisa encontra-se agora na fase de sistematização de resultados. Foram utilizados como parâmetro 14 fatores de classificação, como arquitetura de copa e produção de frutos comestíveis, que permitiram o ranqueamento das melhores árvores. Especialmente em regiões quentes, como no Norte do Brasil, pesquisas mostram que o gado criado em pastagens sombreadas vive melhor, ganha peso mais rápido e produz mais leite.
A pesquisa teve início em 2007, quando foram feitas as primeiras atividades em campo. Os pesquisadores visitaram propriedades em que árvores nativas conviviam com as pastagens para coletar informações e o material botânico que permitiu a identificação precisa de cada espécie.
Um dos aspectos levados em consideração foi a arquitetura da copa. Zootecnista e pesquisadora da Embrapa Rondônia, Ana Karina Dias Salman explica que, uma boa planta para arborizar pastagens deve ao mesmo tempo oferecer sombra aos animais e permitir passagem de luz suficiente para que a gramínea não morra
Outro aspecto importante a ser observado é a disposição das raízes. Como os animais costumam deixar sob as árvores, é importante que as raízes não sejam superficiais e expostas, o que causaria desconforto. A presença de frutos comestíveis é um ponto positivo, mas é preciso evitar as árvores com folhas ou frutos tóxicos aos animais. Tolerância a ataque de insetos e rápido crescimento também foram avaliados.
Todas essas características foram sistematizadas e as espécies ganharam uma nota de 1 a 5 por indicador. Os indicadores são utilizados para compor o Índice de Seleção Arbórea (ISA), que indica se uma planta, no final das contas, é boa ou não para arborização de pastagens.
O trabalho classificou ao todo 37 árvores. A que se mostrou mais adequada para arborização é conhecida popularmente no Acre como bordão-de-velho e em Rondônia como baginha. Entre os cientistas ela é conhecida como Samanea tubulosa, uma planta leguminosa que, além de proporcionar sombra na medida adequada, produz um fruto doce bastante apreciado pelo gado.
Serviços ambientais
Além de oferecer sombra para o gado, as árvores prestam serviços ambientais à propriedade. As raízes ajudam a reter água no solo e evitam erosão. Algumas espécies, especialmente as leguminosas, possuem a capaciade de fixar no solo, em associação com microrganismos, o nitrogênio atmosférico, cuja deficiência representa um dos principais fatores de degradação de pastagens cultivadas em regiões tropicais. Em outras palavras, além do gado, a gramínea forrageira também se beneficia com a presença das árvores.
O ranking das 37 melhores árvores nativas para arborização de pastagens deve dar origem a um guia de campo. “A ideia é que ele seja uma referência para o produtor, de modo que ele possa escolher as árvores mais adequadas para manter na pastagem”, explica a pesquisadora Ana Karina. Assim que finalizados, os resultados de pesquisa serão publicados pela Embrapa e disponibilizados à população.
Bordão-de-velho apresentou as melhores características para arborização de pastagens.
Embrapa Rondônia
www.cpafro.embrapa.br
Porto Velho (RO): BR 364 (sentido Cuiabá) – km 5,5
miercuri, martie 31, 2010
Embrapa estuda palhada da cana-de-açúcar
Com recursos da Petrobras, a Embrapa iniciou as ações do projeto em rede “Manejo Sustentável da Palhada da Cana-de-açúcar para Otimização da Produção de Energia”. O objetivo é determinar a quantidade de palhada a ser mantida no campo para a garantia da sustentabilidade do sistema de produção da cana-de-açúcar em diferentes regiões produtoras do país. A palhada retirada deverá ser aproveitada para a produção de bioetanol.
Liderado pelo pesquisador Antônio Santiago, que coordena a Unidade de Execução de Pesquisas (UEP) em Rio Largo-AL da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE), o projeto tem recursos iniciais da ordem de R$ 1,7 milhão, e tem prazo de execução de três anos.
Integram o projeto as Unidades da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna-SP), Meio Norte (Teresina-PI), Semiárido (Petrolina-PE), Cerrados (Planaltina-DF) e UEP Solos (Recife-PE), além da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Participam ainda as Universidades Estadual de Londrina (UEL) e Federal de Uberlândia (UFU) e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta).
Os detalhes da metodologia de trabalho e pesquisa foram discutidos neste mês de março, entre pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros e a cientista do IAC, Raffaella Rossetto. As pesquisas em campo serão realizadas com o apoio dos produtores em usinas do Piauí, Pernambuco, Alagoas, Goiás, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. “As equipes responsáveis pela coordenação dos estudos em cada região produtora deverão ajustar as variáveis para a realidade local, mas estamos definindo o padrão básico”, revelou Santiago.
Até o final de 2012, os pesquisadores vão avaliar uma série de características e variáveis, como a dinâmica de produção e de decomposição da palhada, sua influência na fertilidade e outras propriedades do solo, na dinâmica de insetos pragas, nematóides, doenças, plantas daninhas e na fauna do solo. Serão analisados, também, o desenvolvimento e a produtividade da cana-de-açúcar em sistemas de produção com diferentes proporções de palhada.
As variáveis estudadas terão seu potencial avaliado enquanto indicadores de sustentabilidade dos sistemas de produção da cana-de-açúcar, com ênfase na produção de energia a partir da palhada.
A gestão do projeto é conduzida pelo líder geral, e os líderes de cada projeto componente nos Estados serão responsáveis pela execução dos planos de ação. O monitoramento e controle das atividades e resultados são feitos por um colegiado com membros da Embrapa e Petrobras, que avalia os relatórios semestrais e realiza reuniões anuais.
fonte:Da Embrapa
Com petróleo 'secando', México quer reformar Pemex
As labaredas que se projetam acima das plataformas que pontilham o horizonte por toda a extensão do campo de petróleo Cantarell, do México, revelam os problemas que assolam a Pemex, a estatal de petróleo do país.
As chamas, produto da queima de gás indesejado, são um sinal visível de que o Cantarell, que já foi o terceiro maior campo petrolífero do mundo, está envelhecendo e que sua produção de petróleo está diminuindo.
A gravidade do declínio do Cantarell, que começou a acelerar dramaticamente em 2007, pegou a Pemex desprevenida. Nos dois últimos anos, a companhia correu para recuperar o terreno perdido, instalando compressoras e turbinas, mais do que triplicando sua capacidade de injetar o gás dois quilômetros abaixo da superfície do Golfo do México. A Pemex diz que está mantendo Cantarell sob controle, observando que a queda se estabilizou em 12% ao ano - número que muitos analistas consideram difícil de acreditar.
A produção do Cantarell atingiu o auge há sete anos, em 2,2 milhões de barris ao dia. Hoje o campo luta para produzir um quarto deste volume.
Estancar a queda de produção no Cantarell não bastará para revitalizar a Pemex; ela precisará encontrar novas fontes de petróleo. Se não conseguir, o governo do México poderá ter de reduzir dramaticamente o seu orçamento. A receita da Pemex - que depende em grande parte de Cantarell - responde por 40% da renda do governo. Expandir a base tributária do país seria difícil e politicamente impopular.
Percebendo os apuros da Pemex, em 2008 o Congresso aprovou reformas para conferir à Pemex a capacidade de poder potencialmente recompensar uma prestadora de serviços por cada barril de petróleo que produzir assim que os entraves jurídicos forem removidos, e concede à companhia um pouco mais de liberdade da interferência política.
Muitos analistas e executivos do setor dizem, porém, que essas reformas não bastam para motivar as companhias internacionais de petróleo a ajudar a Pemex encontrar e produzir mais petróleo.
David Shields, analista independente do setor de energia sediado na Cidade do México, disse: "O maior desafio que a Pemex enfrenta está em encontrar e comprovar mais reservas que possam garantir a produção pelos próximos de 20 a 30 anos".
Ele acrescenta: "A Pemex também tem o problema de que a lei mexicana não permite joint ventures. Ela não permite o tipo de trabalho que precisa ser feito e o tipo de acordos e incentivos que a produção em águas profundas exige. As reformas recentes definitivamente não avançaram o bastante".
O governo crê que têm reformas suficientes para mudar a situação, mas depende da Justiça.
A Suprema Corte do país está atualmente julgando a constitucionalidade da proposta da Pemex de adotar contratos que premiam a maior produção. Essa é uma das maiores apostas do governo para atrair companhias estrangeiras. "Eu não tenho dúvidas de que as novas regulamentações da Pemex serão ratificadas pela Suprema Corte", disse a ministra de Energia do México, Georgina Kessel. (Com agências internacionais
"Com petróleo 'secando', México quer reformar Pemex"
- Com petróleo 'secando', México quer reformar Pemex (ver no Google Sidewiki)
GEEs ganham padronização internacional para cálculo
As emissões de gases de efeito estufa ganharam nesta terça-feira um método comum para calcular a quantidade de gás carbônico lançada no ar. O Padrão Internacional para Determinar as Emissões de Gases de Efeito Estufa vai calcular as emissões de cada cidade.
O lançamento da padronização aconteceu durante o 5º Fórum Urbano Mundial, realizado no Rio de Janeiro, e resulta de um trabalho conjunto entre a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial.
A intenção do novo métido é a de proporcionar a comparação entre as cidades. Um dos problemas para medir a poluição era justamente a falta de uma padronização.
“É uma linguagem comum, que serve para todas as cidades, que poderão comparar suas próprias emissões a cada ano”, explicou o técnico do Banco Mundial, Daniel Hoornweg, que liderou o estudo.
Segundo Hoornweg, o novo método demonstrou que as cidades brasileiras emitem muito pouco, em relação ao resto do mundo. “Isso se deve à matriz hidrelétrica, ao etanol e também porque o sistema de transporte nas cidades brasileiras é bem melhor do que em outras partes”, disse ele.
Com o novo método é possível saber, por exemplo, que os moradores da cidade do Rio emitem mais gás carbônico do que os paulistanos.
Segundo os dados, cada carioca emite 2,1 toneladas de gás carbônico por ano, bem mais que os paulistanos, que emitem 1,4 tonelada do gás no mesmo período.
De acordo com o Banco Mundial, entre os motivos que colocam o Rio à frente de São Paulo na poluição está a maior quantidade de habitantes em São Paulo, o que “dilui” a poluição entre mais gente, já que o índice é per capita. Outro fator que favorece São Paulo em relação ao Rio é a maior malha do metrô, que transporta seis vezes mais passageiros do que sistema carioca.
Leia o texto na integra, clique aqui.
FONTE: Notícias em Foco - 23/03/10:
luni, martie 22, 2010
Anunciado primeiro projeto de MDL florestal de grande escala na África
Uma nova iniciativa que pretende trazer benefícios ambientais e financeiros para comunidades na Etiópia foi anunciada nesta quinta-feira (4) em paralelo ao Fórum de Carbono Africano.
O Projeto de Regeneração Natural Assistida Humbo é o primeiro de grande escala africano a ser registrado sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto e deve absorver cerca de 880 mil toneladas métricas de dióxido de carbono nos próximos 30 anos.
O projeto foi concebido pela agência de desenvolvimento internacional World Vision em parceria com o Banco Mundial.
“Apesar da renda proveniente dos créditos de carbono ser um bônus bem vindo, outros benefícios tangíveis do projeto vem da construção da resiliência contra as mudanças climáticas”, explicou o CEO da World Vision AustráliaTim Costello.
Desde 2007 mais de 2,7 mil hectares de terras degradadas foram restaurados em Humbo, no sudoeste da Etiópia, gerando 338 mil toneladas em créditos de carbono até 2017 dos quais 165 mil serão comprados pelo BioCarbon Fund do Banco Mundial. Este fundo compra reduções de emissão de projetos florestais dentro e fora do contexto do MDL, como os créditos gerados pelo mecanismo de REDD.
A venda dos créditos sob o BioCarbon Fund fornecerá um fonte de renda de mais de US$ 700 mil para as comunidades locais ao longo de no mínimo dez anos, além da possibilidade de venda do restante dos créditos.
Atualmente a África abriga cerca de 2% de todos os projetos registrados sob o MDL. Grande parte das 80 milhões de pessoas na Etiópia dependem da agricultura para sobreviver, o equivalente a 50% do PIB e 80% do postos de trabalho.
O primeiro leilão de crédito de carbono voluntário da América Latina
O primeiro leilão de crédito de carbono voluntário da América Latina a ser realizado pela BM&FBovespa no dia 8 de abril, poderá movimentar cerca de 2 milhões de reais no mínimo se os três lotes ofertados forem arrematados pelos preços mínimos.
"A perspectiva em um leilão como esse é de um máximo de 20 por cento (de ágio)", afirmou Divaldo Rezende, diretor-executivo da CantorCO2 Brasil, divisão brasileira da companhia líder global em serviços financeiros relacionados ao meio ambiente, incluindo mercados de emissões.
Mas se o valor a ser movimentado pela operação com foco no mercado voluntário, mesmo com o ágio esperado, ainda é pequeno perto do mercado regulado de carbono do Brasil, de 460 milhões de dólares ao ano, o pioneirismo do leilão mostra que o país pode se firmar como uma plataforma de vendas de certificados de redução de emissões na América Latina, segundo especialistas.
Isso é algo a ser considerado, em um mercado global estimado em 3 trilhões de dólares para 2020 --atualmente, o Brasil é o terceiro país com mais projetos no setor, atrás de China e Índia, segundo o executivo da CantorCO2.
Entretanto, o mercado regulado, que predomina no país e colocaria os créditos de carbono do Brasil como o 17o produto da pauta de exportação brasileira, é sujeito a trâmites que restringem o número de participantes no negócio.
O mercado voluntário, por outro lado, como o próprio nome diz, independe de metas estabelecidas por países ou pela ONU, que define normas mais rígidas para o mercado regulado.
Este é um dos trunfos do crédito de carbono voluntário, que por ser ofertado por pequenas e médias empresas, com custos mais baixos que o regulado e mais rápido (dez meses contra dois anos do crédito regulado), pode dar força extra aos negócios no Brasil em um momento que mais e mais empresas buscam a sustentabilidade de suas operações.
"O voluntário viabiliza projetos não-elegíveis ao MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), viabiliza projetos menores", afirmou Stefano Merlin, diretor da Carbono Social Serviços Ambientais, que elaborou os nove projetos cujos créditos voluntários serão leiloados pela BM&FBovespa.
São créditos gerados por indústrias que trocaram a utilização de combustíveis fósseis por biomassa em seu processo produtivo.
No leilão do dia 8 de abril, serão leiloados 180 mil toneladas de créditos de carbono, divididos em três lotes, sendo dois com preço mínimo de 10 reais por tonelada, e um com valor inicial de 12 reais/t. Cada lote, de 60 mil toneladas, só pode ser adquirido por um único comprador.
Se a BM&FBovespa está estreando em leilões de crédito voluntário, já realizou outras duas operações para o mercado regulado, em 2007 e 2008, com créditos gerados por projetos em aterros sanitários da Prefeitura de São Paulo, que renderam ao município 26,8 milhões de euros. Os valores por tonelada do mercado regulado, cuja escala dos projetos é maior, são superiores aos do voluntário.
Embora o crédito voluntário seja negociado paralelamente ao mercado regulado, ele também passa por auditorias independentes.
Os certificados são comprados por empresas ou instituições que pretendem neutralizar as suas emissões, agregando valor ao seu produto ao dizer que ele é ecologicamente correto.
Para o leilão do próximo mês, é esperada a participação de empresas brasileiras. Nos leilões de 2007 e 2008, o banco europeu Fortis Bank e a empresa de energia Mercuria Energy Trading S.A., de Genebra, foram os arrematantes dos créditos.4
Estado lança linha de crédito para projetos sustentáveis
Estado lança linha de crédito para projetos sustentáveis
Com taxa de juros de 6% ao ano, a Linha Economia Verde é voltada a empresas que desenvolvam projetos de redução da emissão de gases de efeito estufa
O governador José Serra lançou ontem, 15, no 1º Seminário Economia Verde, em São Paulo, a nova linha de crédito da Agência de Fomento Paulista, a Linha Economia Verde. Criada com base na Política Estadual de Mudanças Climática (PEMC - Lei 13.798), que define uma meta de redução de 20% das emissões de gases de efeito estufa até 2020, a linha oferece uma das menores taxas de juros do mercado, 6% ao ano, corrigido pelo IPC-FIPE, e prazo de até 5 anos para pagamento, com até 1 ano de carência e financiamento de 100% do projeto.
A linha é voltada para as pequenas e médias empresas paulistas para projetos da agroindústria, mudança de combustíveis, saneamento, tratamento e aproveitamento de resíduos, energias renováveis, eficiência energética, transporte, processos industriais, recuperação florestal em áreas urbanas e rurais e manejo de resíduos. "É inovador em São Paulo e no Brasil. Ela está voltada à mudanças climáticas, ou seja, vai financiar todos os procedimentos que lidam com o processo produtivo de economizar gás estufa", disse o governador.
De acordo com o presidente da Agência de Fomento Paulista - Nossa Caixa Desenvolvimento, Milton Luiz de Melo Santos, a Economia Verde é a mais completa linha de crédito voltada a diminuição da emissão de carbono nos processos produtivos do Estado de São Paulo. "A Nossa Caixa Desenvolvimento, seu Conselho de Administração e a Secretaria do Meio Ambiente trabalharam caprichadamente neste projeto", completou José Serra.
Para ter acesso a Linha Economia Verde, os interessados podem acessar o site da Nossa Caixa Desenvolvimento (www.
Um ano de atuação da Agência de Fomento Paulista
O lançamento da Linha Economia Verde marca também o primeiro ano de atuação da Agência de Fomento Paulista como uma ferramenta para o desenvolvimento das empresas de pequeno e médio porte do estado, por meio de linhas de financiamento para investimentos com juros abaixo do mercado.
Com apenas 12 meses de existência, a Agência de Fomento Paulista já desponta como uma das mais fortes ferramentas do Governo do Estado para o incentivo à expansão de investimentos. Mais de 155 empresas já contrataram as linhas de financiamento da Agência de Fomento Paulista, que tem o valor de mais de R$ 170 milhões em créditos aprovados. Já foram desembolsados R$ 47 milhões, em recursos próprios, para pequenas e médias empresas paulistas de diversos setores - em especial ao setor de fabricação de máquinas. A agência também é repassadora do BNDES.
A Agência de Fomento Paulista atua de maneira diferente de um banco comercial. Uma das vantagens para o empresário é que não há exigências de abertura de conta, nem há obrigatoriedade de contrapartidas. O empresário também não precisa se dirigir a um banco, e sim encaminhar a sua documentação via entidade de classe, para obter o limite de crédito. O modelo de negócio é mais rápido e focado na necessidade do cliente. Mais informações no site www.nossacaixadesenvolvimento.
Seminário Economia Verde
Realizado em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente, o Seminário Economia Verde tem como objetivo levar a reflexão para empresários, executivos, formadores de políticas públicas, estudiosos e sociedade sobre o atual modelo de produção e as transformações necessárias para o desenvolvimento de uma Economia Verde, de baixa emissão de gases de efeito estufa, no Estado de São Paulo.
No evento, especialistas no assunto tratam de diversos temas do desenvolvimento sustentável, como o ecossocioeconomista Ignacy Sachs; José Goldemberg, professor do Instituto de Eletroeletrônica da USP e Fabio Feldmann, secretário executivo do Fó
1º Encontro Estadual de Catadores acontece no CMRR , em BH
Com objetivo de discutir a Política Estadual de Resíduos, bem como a implantação da Coleta Seletiva nos municípios de Minas considerando a inclusão sócia produtiva dos catadores de recicláveis, irá acontecer, nos dias 23 e 24 de março, o 1º Encontro Estadual por uma Minas com Coleta Seletiva e Inclusão Sócio Produtiva dos Catadores. O evento, que acontecerá no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), vai reunir representantes de prefeituras e catadores de diversas regiões do Estado.
Link.:http://www.abn.com.br/
"1º Encontro Estadual de Catadores acontece no CMRR"
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vineri, martie 19, 2010
A hora e a vez dos asiáticos
Por Leonado Boff*
Se considerarmos os desdobramentos da crise econômico-financeira atual constatamos uma preocupante inércia. Os EUA conseguiram dobrar os europeus na decisão de manter o mercado como eixo central da economia com a promessa de controles e regulações que ainda não foram tomadas. Barac Obama se inclinou na direção de Wall Street e com dinheiros dos contribuintes salvou e apoiou bancos que foram os principais vilões da crise. Mais e mais se mostra um presidente que obedece à lógica de um império em franca decadência, cujo única força que realmente conta é sua capacidade de matar todo mundo e de destruir a vida do planeta. Essa é a verdade que ninguém gosta de dizer e de ouvir.
A ajuda que os G-20 em abril de 2009 prometeram em Londres aos países vulneráveis, um trilhão e cem bilhões de dólares, somente 5% foram realmente concedidos. Esta ajuda é 360 vezes menor que os 18 trilhões de dólares destinados para salvar as falidas instituições financeiras dos países ricos. A especulação financeira corre solta como antes da crise. Não sem razão, os dois proeminentes prêmios Nobeis de economia, Joseph Stiglitz e Paul Krugman, prevêem para breve uma nova crise mais grave que a anterior. Vivemos gaiamente como nos tempos de Noé, comendo, bebendo e nos divertindo.
Mesmo assim a atual crise produziu ou reforçou três fenômenos que merecem ser notados.
O primeiro é uma desglobalização que se dá aravés de uma regionalização da economia: a criação de grupos regionais, como Mercosul, Alba, Nafta, BRIC, ASEAN(10 paises entre os quais, Birmania, Indonesia, Singapura etc), OCDE, Comunidade Européia, OSC (Organização de Shangai com China, Rússia, Kazaquistão etc) e outros. As políticas são coordenadas para evitar crises e com bancos regionais fortes, dispensando o FMI.
O segundo é o deslocamento do centro de gravidade do Atlântico Norte para o Pacífico e a Asia. Aqui estão 44% de todas as reservas mundiais. O PIB da China é da ordem de 7,8 trilhões de dólares e é ela que sustenta o consumo dos EUA; do Japão é de 4,5 trilhões; da Coréia do Sul é de 1,3 trilhões; e da Indonésia é de 932,100 bilhões. As reservas destes quatro países soma 7,34 trilhões de dólares. Marx nos deixou esta lição: a economia atrái pós si a política, a cultura e a hegemonia do mundo. Os asiáticos pretenderão moldar o processo mundial com traços asiáticos especialmente chineses. É a vez deles.
Por fim, o surgimento de uma ação mundial coletiva contra a atual situação crítica. Ela nasce de uma profunda decepção e de muita raiva existentes no mundo. Agora já são 60 milhões de desempregados. Dentro de pouco serão mais de cem milhões. Tudo indica que a solução para o aquecimento e para a crise ecológica generalizada não poderá vir da política, perpassada de interesses nacionais e de muita corrupção.
Estão surgindo esboços de Organizações de Salvação da Humanidade e da Vida. Líderes, grupos, movimentos, setores religiosos, associações, articulações mundiais, de forma desesperada, quererão tomar a história em suas mãos. Milhões de refugiados climáticos forçarão os limites políticos de muitas nações em busca de sobrevivência. Haverá manifestacões multitudinárias de descontentes diante dos bancos, dos parlamentos e dos palácios de governo exigindo medidas drásticas para garantir a seguridade alimentar, postos de trabalho, água potável, proteção contra as devastações dos eventos extremos. Quem resistirá às multidões enraivecidas?
A economia do puro crescimento para o consumo, motor da economia capitalista e do PAC do governo Lula, no fundo diz:"às favas com a natureza e que se danem as gerações futuras; nós queremos continuar crescendo e aumentar o PIB pois é isso que nos faz potência". Mas todos gritarão: "Basta, seus geocidas. Queremos uma economia verde que nos faça viver e que seja adequada à nova situação da Terra". Sem essa viragem dificilmente escaparemos da vingança de Gaia.
luni, martie 15, 2010
Linha de crédito e economia verde
Da Agência Ambiente Energia -
A Agência de Fomento Paulista – Nossa Caixa Desenvolvimento anunciou linha de crédito para financiar projetos que busquem reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE). A linha, voltada para empresas com faturamento entre R$ 240 mil e R$ 100 milhões, tem o objetivo de ajudar as pequenas e médias empresas de São Paulo a se adequarem à Política de Mudanças Climáticas (PEMC), que define a meta de redução, em todos os setores da economia, de 20% das emissões de gases de efeito estufa até 2020, tendo por base o ano de 2005.
Além da linha, a Agência de Fomento Paulista
– Nossa Caixa Desenvolvimento realiza nesta segunda-feira, dia 15 de março, em parceria com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o Seminário Economia Verde, no auditório do Ibirapuera, com entrada gratuita. O evento vai reunir nomes como o do ecossocioeconomista Ignacy Sachs; José Goldemberg, professor do Instituto de Eletroeletrônica da USP; e Fabio Feldmann, secretário executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e Biodiversidade, entre outros. Inscrições pelo site: www.seminarioeconomiaverde.
outras notícias
Mudanças Climáticas: governo lança painel sobre tema Fornecer informações científicas sobre a mudança do clima aos tomadores de decisões e outros interessados no tema é o objetivo do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), que será lançado nesta terça-feira, 24 de novembro, às 11h, em Brasília.
Política Nacional de Mudanças Climáticas e ganhos ambientais
Desmatamento evitado e reflorestamento podem produzir créditos de carbono que podem gerar receitas financeiras para proprietários de terras (ganho individual objetivo e utilitarista) e recuperação de qualidade ambiental e climática (ganho para comunidades biológicas e a comunidade humana). Essa matéria tem um tratamento protocolar por meio do documento de Quioto (1997), de trânsito e aplicação mundiais. No Brasil, ela passou a ser abordada por Lei Federal recente, a de nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, portanto pós-Copenhague, a Lei da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC).
A PNMC estabelece padrões ambientais e metas para a redução de emissões antrópicas por fontes e para as remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa (GEE : gás carbônico, metano, óxido nitroso, hidrofluorcarbonetos, perfluorcarbonos, e hexafluorídrico sulfúrico). Por isso, ela incentiva a promoção e o desenvolvimento de pesquisas e a difusão de tecnologias, processos e práticas que minimizem a mudança do clima por meio da redução de emissões humanas e por sumidouros de gases de efeito estufa. Segundo seu artigo 12, teremos o compromisso nacional de ações de mitigação das emissões de GEE que abatam entre 36,1% e 38,9% de nossas emissões projetadas até 2020. A PNMC introduz a previsão de utilização de instrumentos financeiros e econômicos para promover ações de mitigação e adaptação à mudança do clima, como medidas fiscais e tributárias fomentadoras da redução das emissões e da remoção de GEE, incluindo alíquotas diferenciadas, isenções, compensações e incentivos, a serem estabelecidos em lei específica. Além de serem disponibilizadas linhas de crédito e financiamento de agentes financeiros públicos e privados.
No artigo Mudanças Climáticas e Mecanismos de Desenvolvimento Limpo(MDL), publicado no número 1 da Revista Agirás, Eduardo Freitas e Victor Salviati fazem uma revisão atualizada do tema, destacando a cronologia de iniciativas práticas para se combater as mudanças climáticas e o mercado de carbono criado e suas características e mecanismo. Destacam, ainda, a situação brasileira:
”O Brasil, apesar de ser um dos países mais ativos nos encontros do IPCC (Intergovernmental Painel on Climate Change), praticamente só adentrou no desenvolvimento de projetos de MDL e no Mercado de Carbono em 2005.
É fato que a matriz energética nacional é limpa, porém há diversos outros escopos a serem explorados dentro dos projetos de MDL.
Um aspecto que traz ainda mais atenção e urgência a essa discussão é que o Brasil liderava o ranking mundial de emissões por desmatamento – mais de 13 mil km2 por ano – segundo dados do Min. da Ciência e Tecnologia (MCT, 2006). Esta prática, por si só, age diretamente tanto no ciclo hidrológico do ecossistema quanto na biodiversidade – ocasionando menor fixação de CO2.
Portanto, acredita-se que projetos de florestamento e reflorestamento como formas de mitigação climática podem gerar retorno não só financeiro aos seus proponentes e participantes, mas também, e acima de tudo, oferecer a oportunidade de reconstruir áreas desmatadas e/ou evitar o desmatamento de áreas nativas.“
Agora, no artigo Os rumos do mercado de carbono no Brasil , de 11 de março, no jornal Valor Econômico (Opinião Jurídica), Cristina R. Wolter Sabino de Freitas e José Luiz Rampazo Filho, aprofundam objetivamente a análise e salientam:
”A PNMC ainda prevê a operacionalização do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) em bolsas de mercadorias e futuros, bolsas de valores e entidades de balcão organizado, visando a negociação de títulos mobiliários representativos de emissões de gases de efeito estufa evitadas certificadas.
Decreto posterior estabelecerá os planos e medidas para cada setor produtivo para consolidação de uma economia de baixo consumo de carbono.
Serão alvo das medidas a geração e distribuição de energia elétrica, o transporte público urbano e sistemas de tran
"Política Nacional de Mudanças Climáticas e ganhos ambientais"
- Política Nacional de Mudanças Climáticas e ganhos ambientais (ver no Google Sidewiki)
joi, martie 11, 2010
"Fundo verde" do Banco Mundial ultrapassa US$ 1 bi
"Fundo verde" do Banco Mundial ultrapassa US$ 1 bi
Fonte: CarbonoBrasil
Os chamados títulos verdes (Green Bonds) da instituição conseguiram arrecadar a marca bilionária em menos de dois anos e sinalizam que podem ser o modelo para que a iniciativa privada financie projetos de mitigação das mudanças climáticas
Se o problema para projetos de sustentabilidade e de adaptação ao aquecimento global é dinheiro, nada mais natural do que sejam os bancos os primeiros que consigam estabelecer meios práticos para que esses financiamentos sejam possíveis. Pelo menos é o que parece ter acontecido com a consolidação da iniciativa dos “green bonds”, ou títulos verdes, do Banco Mundial.
A idéia que a instituição teve em 2008 foi a de em troca de um retorno anual de 3,25% as empresas se dispusessem a comprar os “green bonds”, cuja a arrecadação iria para ONGs e projetos que combatam as causas e conseqüências das mudanças climáticas.
A iniciativa parece ter dado certo, pelo menos no que diz respeito à arrecadação, tanto que nesta segunda-feira (22) o Banco Mundial anunciou que os green bonds tinham acabado de ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão. A idéia é resultado da parceria com o banco sueco Skandinaviska Enskilda Banken (SEB), que doou nesta semana os US$ 69,2 milhões que faltavam para que se alcançasse a marca bilionária.
Investidores recentes dos green bonds incluem ainda o WWF da Suécia, o fundo de pensão nacional sueco, assim como vários bancos privados europeus e companhias de seguros.
“As quantias envolvidas nas negociações oficiais para o financiamento climático são muito pequenas se comparadas com o investimento necessário em mercados emergentes. Dessa forma, o financiamento privado deve exercer um papel de liderança. Mas para isso acontecer, os investimentos devem ser lucrativos”, explica o economista do SEB, Klas Eklaund.
Essa idéia de que todos devem sair ganhando - os investidores e os projetos de mitigação - seria um dos pontos principais dos green bonds e talvez venha a ser um modelo a ser copiado por outros bancos e instituições futuramente. Mas vale a ressalva para que haja um sério acompanhamento da aplicação desses recursos.
ONU
Outra novidade nos fundos de financiamento para o combate das mudanças climáticas veio recentemente das Nações Unidas, que estabeleceu um painel de notáveis para ajudar na arrecadação de dinheiro.
A iniciativa será liderada pelos primeiros-ministros Gordon Brown, do Reino Unido, e Meles Zenawi, da Etiópia, e terá ainda políticos, banqueiros e especialistas em financiamentos públicos e desenvolvimento como membros.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o grupo terá a missão de arrecadar US$ 100 bilhões até 2020 para financiar a adaptação, mitigação e o desenvolvimento e transferência de tecnologias. Dando sempre prioridade para os países mais vulneráveis.
A ONG Oxfam liberou uma nota que elogia a iniciativa, mas torce para que não seja apenas mais um grupo de bate-papo e que realmente tome medidas concretas para levantar os US$ 100 bilhões.