"Fundo verde" do Banco Mundial ultrapassa US$ 1 bi
Fonte: CarbonoBrasil
Os chamados títulos verdes (Green Bonds) da instituição conseguiram arrecadar a marca bilionária em menos de dois anos e sinalizam que podem ser o modelo para que a iniciativa privada financie projetos de mitigação das mudanças climáticas
Se o problema para projetos de sustentabilidade e de adaptação ao aquecimento global é dinheiro, nada mais natural do que sejam os bancos os primeiros que consigam estabelecer meios práticos para que esses financiamentos sejam possíveis. Pelo menos é o que parece ter acontecido com a consolidação da iniciativa dos “green bonds”, ou títulos verdes, do Banco Mundial.
A idéia que a instituição teve em 2008 foi a de em troca de um retorno anual de 3,25% as empresas se dispusessem a comprar os “green bonds”, cuja a arrecadação iria para ONGs e projetos que combatam as causas e conseqüências das mudanças climáticas.
A iniciativa parece ter dado certo, pelo menos no que diz respeito à arrecadação, tanto que nesta segunda-feira (22) o Banco Mundial anunciou que os green bonds tinham acabado de ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão. A idéia é resultado da parceria com o banco sueco Skandinaviska Enskilda Banken (SEB), que doou nesta semana os US$ 69,2 milhões que faltavam para que se alcançasse a marca bilionária.
Investidores recentes dos green bonds incluem ainda o WWF da Suécia, o fundo de pensão nacional sueco, assim como vários bancos privados europeus e companhias de seguros.
“As quantias envolvidas nas negociações oficiais para o financiamento climático são muito pequenas se comparadas com o investimento necessário em mercados emergentes. Dessa forma, o financiamento privado deve exercer um papel de liderança. Mas para isso acontecer, os investimentos devem ser lucrativos”, explica o economista do SEB, Klas Eklaund.
Essa idéia de que todos devem sair ganhando - os investidores e os projetos de mitigação - seria um dos pontos principais dos green bonds e talvez venha a ser um modelo a ser copiado por outros bancos e instituições futuramente. Mas vale a ressalva para que haja um sério acompanhamento da aplicação desses recursos.
ONU
Outra novidade nos fundos de financiamento para o combate das mudanças climáticas veio recentemente das Nações Unidas, que estabeleceu um painel de notáveis para ajudar na arrecadação de dinheiro.
A iniciativa será liderada pelos primeiros-ministros Gordon Brown, do Reino Unido, e Meles Zenawi, da Etiópia, e terá ainda políticos, banqueiros e especialistas em financiamentos públicos e desenvolvimento como membros.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o grupo terá a missão de arrecadar US$ 100 bilhões até 2020 para financiar a adaptação, mitigação e o desenvolvimento e transferência de tecnologias. Dando sempre prioridade para os países mais vulneráveis.
A ONG Oxfam liberou uma nota que elogia a iniciativa, mas torce para que não seja apenas mais um grupo de bate-papo e que realmente tome medidas concretas para levantar os US$ 100 bilhões.
joi, martie 11, 2010
"Fundo verde" do Banco Mundial ultrapassa US$ 1 bi
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