Um acordo sobre o comércio global só será possível no ano que vem se produtores agrícolas como Estados Unidos e Brasil levarem as negociações além desse setor, de forma a abranger também indústria e serviços, disse na sexta-feira o chefe comercial da União Européia (UE), Peter Mandelson.
Ele se reúne no sábado em Roma com o chanceler brasileiro, Celso Amorim. Na pauta está a decisão tomada esta semana pela Organização Mundial do Comércio (OMC) de adiar para 2006 a tentativa de obter um novo acordo sobre a liberalização do comércio global.
Brasil e Estados Unidos vêm exigindo que a UE reduza ainda mais as tarifas agrícolas que dificultam as exportações para lá. Mandelson diz que a proposta européia de redução de tarifas e subsídios, inferior ao que querem outros países, é definitiva.
"O fato é que a União Européia fez ofertas muito sérias e confiáveis sobre agricultura: propostas para reduzir dramaticamente os subsídios domésticos, nossos subsídios que distorcem o comércio, em 70%", afirmou Mandelson à rádio BBC.
"O problema é que, seja qual for a nossa oferta, ela não é suficiente para produtores e exportadores agrícolas altamente competitivos e muito agressivos como Brasil, Austrália e Estados Unidos."
"Eles estão resistindo mais e mais, para maximizar o que podem conseguir na rodada sobre agricultura. Isso, na minha opinião, não coincide com os interesses da ampla massa de países em desenvolvimento."
Questionado sobre a possibilidade de haver acordo em 2006, ele disse que sim, desde que "as pessoas comecem a negociar, comecem a barganhar entre a agricultura e as outras áreas importantes de negociação nesta rodada, que são os bens industriais e os serviços".
Brasil, EUA e outros países dizem que as elevadas barreiras comerciais européias para produtos agrícolas agravam a pobreza mundial, por dificultar a vida de países em desenvolvimento.
Mas Mandelson disse que muitos dos países mais pobres do mundo iriam se beneficiar do acesso preferencial aos mercados europeus.
"Há países muito pobres, muito necessitados, cujo acesso ao mercado agrícola europeu depende da manutenção das nossas tarifas, porque assim eles recebem tratamento preferencial", afirmou. (Fonte: Reuters)
Ele se reúne no sábado em Roma com o chanceler brasileiro, Celso Amorim. Na pauta está a decisão tomada esta semana pela Organização Mundial do Comércio (OMC) de adiar para 2006 a tentativa de obter um novo acordo sobre a liberalização do comércio global.
Brasil e Estados Unidos vêm exigindo que a UE reduza ainda mais as tarifas agrícolas que dificultam as exportações para lá. Mandelson diz que a proposta européia de redução de tarifas e subsídios, inferior ao que querem outros países, é definitiva.
"O fato é que a União Européia fez ofertas muito sérias e confiáveis sobre agricultura: propostas para reduzir dramaticamente os subsídios domésticos, nossos subsídios que distorcem o comércio, em 70%", afirmou Mandelson à rádio BBC.
"O problema é que, seja qual for a nossa oferta, ela não é suficiente para produtores e exportadores agrícolas altamente competitivos e muito agressivos como Brasil, Austrália e Estados Unidos."
"Eles estão resistindo mais e mais, para maximizar o que podem conseguir na rodada sobre agricultura. Isso, na minha opinião, não coincide com os interesses da ampla massa de países em desenvolvimento."
Questionado sobre a possibilidade de haver acordo em 2006, ele disse que sim, desde que "as pessoas comecem a negociar, comecem a barganhar entre a agricultura e as outras áreas importantes de negociação nesta rodada, que são os bens industriais e os serviços".
Brasil, EUA e outros países dizem que as elevadas barreiras comerciais européias para produtos agrícolas agravam a pobreza mundial, por dificultar a vida de países em desenvolvimento.
Mas Mandelson disse que muitos dos países mais pobres do mundo iriam se beneficiar do acesso preferencial aos mercados europeus.
"Há países muito pobres, muito necessitados, cujo acesso ao mercado agrícola europeu depende da manutenção das nossas tarifas, porque assim eles recebem tratamento preferencial", afirmou. (Fonte: Reuters)
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