O mundo deverá passar por uma pandemia de gripe aviária nos próximos anos. Foi o que especialistas no assunto disseram nesta terça-feira em audiência pública sobre o tema, realizada pela Comissão de Seguridade Social e Família. Eles alertaram para a necessidade de prevenção da doença no Brasil e no mundo, principalmente em razão da alta capacidade de mutação do vírus H5N1, causador da doença.
Outro motivo de preocupação, segundo a infectologista Rita Medeiros, do Instituto Evandro Chagas, é a disseminação do vírus por aves migratórias, o que também dificulta a contenção da gripe. "Quanto mais a doença se dissemina em aves, que não têm barreiras, mais o vírus se dissemina no mundo. Então, maiores são as chances de uma pandemia", afirmou a infectologista. "Porém, é impossível afirmar quando e onde isso vai ocorrer", complementou. A gripe aviária é transmitida ao homem pelo contato com aves ou fezes de aves contaminadas.
Surto
O surto da gripe aviária existe desde 2003, conforme lembrou Rita Medeiros. A infecção começou em países asiáticos e já afeta aves também no leste europeu. Em janeiro de 2004, foram detectados os primeiros casos em humanos. Desde então, a Organização Mundial de Saúde (OMS) identificou mais de 120 pessoas com a doença. Metade morreu. Rita Medeiros e outros dois especialistas - o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, Carlos Magno Fortaleza; e o coordenador do Grupo Regional de Observação da Gripe da mesma secretaria, Luiz Jacintho da Silva - alertaram para a necessidade de manter uma vigilância em âmbito mundial. A produção de uma vacina, segundo eles, talvez não seja a melhor solução. Os três destacaram as limitações da vacina para a gripe aviária no momento. Luiz Jacintho explicou que, além da produção da vacina ser complicada, há o risco de mutação do vírus. "Nós não podemos produzir enormes quantidades de uma vacina que pode não ter utilidade no futuro. Primeiro, nós temos que saber qual é o vírus que está causando a doença em humanos, para depois desenvolver a vacina", explicou.Atualmente, não há vacinas para todos. A OMS recomenda que, em caso de pandemia, pelo menos 30% da população mundial seja vacinada. Além da obtenção de vacinas adequadas e da vigilância mundial de tráfego aéreo, por exemplo, a OMS recomenda o estoque de medicamentos.
Surto
O surto da gripe aviária existe desde 2003, conforme lembrou Rita Medeiros. A infecção começou em países asiáticos e já afeta aves também no leste europeu. Em janeiro de 2004, foram detectados os primeiros casos em humanos. Desde então, a Organização Mundial de Saúde (OMS) identificou mais de 120 pessoas com a doença. Metade morreu. Rita Medeiros e outros dois especialistas - o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, Carlos Magno Fortaleza; e o coordenador do Grupo Regional de Observação da Gripe da mesma secretaria, Luiz Jacintho da Silva - alertaram para a necessidade de manter uma vigilância em âmbito mundial. A produção de uma vacina, segundo eles, talvez não seja a melhor solução. Os três destacaram as limitações da vacina para a gripe aviária no momento. Luiz Jacintho explicou que, além da produção da vacina ser complicada, há o risco de mutação do vírus. "Nós não podemos produzir enormes quantidades de uma vacina que pode não ter utilidade no futuro. Primeiro, nós temos que saber qual é o vírus que está causando a doença em humanos, para depois desenvolver a vacina", explicou.Atualmente, não há vacinas para todos. A OMS recomenda que, em caso de pandemia, pelo menos 30% da população mundial seja vacinada. Além da obtenção de vacinas adequadas e da vigilância mundial de tráfego aéreo, por exemplo, a OMS recomenda o estoque de medicamentos.
Simpósio
O Ministério da Saúde deverá realizar, entre os dias 16 e 18 de novembro, no Rio de Janeiro, um simpósio para discutir o plano brasileiro contra uma possível pandemia de gripe aviária. Se o governo se mostra preocupado com a prevenção, o autor do pedido de realização da audiência pública, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), destacou que é preciso fiscalizar essa intenção. Ele teme um possível contingenciamento dos recursos necessários à execução dos planos.
O Ministério da Saúde deverá realizar, entre os dias 16 e 18 de novembro, no Rio de Janeiro, um simpósio para discutir o plano brasileiro contra uma possível pandemia de gripe aviária. Se o governo se mostra preocupado com a prevenção, o autor do pedido de realização da audiência pública, deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), destacou que é preciso fiscalizar essa intenção. Ele teme um possível contingenciamento dos recursos necessários à execução dos planos.
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